quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Minhas Descobertas...

Postagem publicada originalmente no dia 10 de agosto de 2012:


"Há tempo para todas as coisas. Tempo para chorar e tempo para sorrir. Essa verdade alcança todas as vidas, em todo o tempo. Comece a se alegrar, pois se você está vivendo o tempo de chorar, se aproxima o tempo de sorrir. Nada dura para sempre e Deus, que é sábio para definir o quanto dura uma noite, também é o artista do amanhecer!"

Pr. João Pereira Gomes Filho



Daqui a exatamente uma semana, eu vou estar completando 25 anos de vida. Olho para trás hoje, de onde estou, e posso dizer sim que errei muito, magoei pessoas, me enganei, me decepcionei comigo mesma e também decepcionei muita gente, sofri, tive perdas irreparáveis, carreguei fardos muito pesados, mas consegui sobreviver, enfim, vivi muitos momentos ruins, mas também milhares de bons! Uma vida normal, como a de qualquer pessoa normal, que é cercada de seus respectivos problemas, intercalados com momentos de felicidade!

ESSA É A VIDA! Um montanha russa ambulante, que uma hora está lá em cima, outra hora desce. Essa é a lei... Enfim, foram 25 anos de história, parece pouco, para quem me olha do alto dos seus 50 ou mais, mas para mim, até hoje, foi a MINHA HISTÓRIA, e é sobre uma pequena, mas importantíssima parte dela que quero falar.

Posso afirmar, sem a menor dúvida, que os últimos 5 anos foram os mais marcantes da minha vida, por diversos e diferentes motivos.

Mais maturidade, menos impulso, mais razão, menos emoção, mais vontade de acertar, em detrimento da indiferença que eu tinha para com os erros, momentos realmente difíceis e marcantes foram vividos nesse tempo, mas principalmente, foi durante os últimos 5 anos, e para ser mais exata, foi em 2009, que eu fiz as descobertas mais importante da minha vida. 

Eu descobri POR QUÊ e PARA QUE eu existo, eu descobri que eu não estou aqui por acaso, que eu tenho um razão para ter nascido, eu descobri que eu tenho uma função nesse mundo, que a vida não se resume (como ensinado nas aulas de biologia do ensino fundamental), a "nascer", "crescer", "se reproduzir", e "morrer". Não! A vida está muito além disso, existe algo que está por trás da última etapa, e esse algo não tem absolutamente nada a ver com morte, pelo contrário, esse algo se chama "VIDA ETERNA", sim, vida eterna!

Eu descobri que Deus não era apenas aquele homem "seminu" que eu via pregado nos crucifixos espalhados pelas paredes, com feridas nas mãos e nos pés, eu descobri que Deus não era apenas um ser superior e poderoso que castigava as pessoas pelo o que elas faziam de errado (quem nunca ouviu quando criança a frase "Não faça isso, senão papai do céu vai te castigar!"?), eu descobri que Deus era muito mais do que aquilo que eu tinha ouvido falar até então.

Pois bem. Certo dia, de maneira bem simples e resumida, eu ouvi falar em uma coisa chamada "relacionamento com Deus", eu aprendi que Deus fez o homem, entre outras coisas, para se relacionar íntima e pessoalmente com ele, TODOS OS DIAS, como em uma amizade constante, real, pessoal e única, sim, Deus nos fez para isso. Porém, a desobediência do homem fez surgir nele uma natureza que até então, não existia, a desobediência do homem fez nascer nele uma NATUREZA PECAMINOSA, e desde então, mais de 2000 mil anos se passaram e o homem tem travado uma luta constante com o pecado, tentando, pelo espírito, dizer não a essa natureza para poder manter o relacionamento com Deus que começou lá atrás, quando tudo iniciou, quando surgiu a humanidade. 

Eu aprendi isso e quando isso se tornou uma VERDADE para mim, não uma religião, mais uma VERDADE, quando eu descobri que eu tava vivendo na escuridão justamente por não saber qual era o propósito da minha existência, os MEUS OLHOS SE ABRIRAM de repente, foi como se, de uma hora para outra, tudo tivesse começado a fazer realmente verdadeiro sentido.

Deus tinha deixado de ser o "papai do céu que castiga" ou o ser "todo poderoso transcendental que mora no céu" para ser, simplesmente, o MEU PAI, sim, eu descobri que ele era meu pai e que eu era sua filha, eu descobri que ele me amava e tinha morrido pelos meus pecados em uma cruz, mesmo eu não merecendo, e descobri que ele queria voltar a se relacionar comigo, através do Espírito Santo. Eu descobri que existia algo chamado PALAVRA DE DEUS, e que ela ia muito além das leituras bíblicas dominicais nos sermões, que ela era absolutamente perfeita, eficaz e extremamente poderosa e verdadeira, eu descobri que ela deveria ser, na verdade, colocada em prática em nossas vidas, para que estão fosse possível nascer um verdadeiro relacionamento entre nós e Deus! 

E o mais importante de tudo, eu descobri que eu existo por uma ÚNICA RAZÃO: para agradar a Deus, para serví-lo, adorá-lo, para glorificar o nome dele em todos os lugares por onde eu andar. Por quê? Porque ele é DEUS! Somente por isso... E o melhor de tudo, eu descobri que, fazendo isso, eu poderia sentir uma felicidade que jamais poderia ser explicada, pois independia de circunstâncias terrenas, pois eu poderia estar passando pelo PIOR MOMENTO de toda a minha vida (como de fato, ocorreu), mas eu jamais iria achar que era "o fim" de tudo, muito menos me desesperar, simplesmente porque em meu coração iria brotar a certeza de que Jesus afirmou que eu iria viver aflições nesse mundo, mas que, mesmo passando por elas, eu precisava ter bom ânimo e confiar nEle, pois Ele VENCEU o mundo e até mesmo a MORTE, e quando tudo isso acabasse e chegasse a minha hora de partir, eu iria para um lugar que ele havia preparado especialmente para mim (e para todos aqueles que o amavam), e nesse lugar eu iria desfrutar da VIDA ETERNA ao lado do CRISTO VIVO!  

Eu descobri tudo isso, eu ACREDITEI verdadeiramente em tudo isso e depois disso a minha vida nunca mais foi a mesma, eu nunca mais fui a mesma pessoa, desde então. 

Ter a consciência do seu papel nesse mundo, de onde você veio e por quê, ter um verdadeiro encontro com Cristo e sentir a sua presença, nem que seja uma única vez na vida e por alguns segundos, faz com que você seja obrigada a cobrar muitas coisas de si mesma. Sua responsabilidade aumenta muito, diante dos homens e diante de Deus.

A verdade é que, desde que eu descobri que tudo isso era verdade, que tudo isso era real, que tudo isso (e muito mais) realmente existia, nada mais voltou a ser EXATAMENTE como era antes.

Eu, resumidamente, posso classificar a história dos meus 25 anos, como ANTES e DEPOIS dessas várias descobertas. 
E posso afirmar também que, para que pudesse nascer a "LINHA" que divide esse "antes" e esse "depois", muitas pessoas foram importantes, muitas mesmo. 

Deus nos ensina e revela através da sua palavra, que chega até nós, muitas vezes, pelo "ouvir", que por sua vez vem através de seus servos, ele usa os seus próprios filhos (da forma como Ele quer e quando Ele quer) para instruir os seus próprios filhos no caminho em que devem andar. 

Nessa jornada, muitas pessoas marcaram a minha vida de maneira especial, muitas mesmo, porém, uma delas, teve uma importância mais profunda, marcou um pouco mais que as outras, simplesmente porque essa pessoa, (através de sua enorme Sabedoria, Conhecimento da Palavra, Vocação, Chamado de Deus, Dedicação e Comprometimento com a Obra do Senhor), MUITO me ensinou, mas MUITO MESMO. E essa pessoa se chama João Pereira Gomes Filho, mais conhecido como Pastor João. 

Eu sei que ele nunca lerá isso que estou escrevendo aqui, e me dói saber que ele foi embora e eu nunca tive a oportunidade de dizer, dessa forma tão profunda, o quanto ele foi importante na minha vida espiritual. Mas mesmo assim, faço questão de deixar aqui registrada essa pequena e simples homenagem a esse GRANDE pregador da palavra de Deus.

Nessa vida só o que fazemos PARA DEUS continuará dando frutos mesmo depois da nossa morte, perdurando pela eternidade, todo o resto, será esquecido, e pastor João é um exemplo de um homem que MUITO FEZ para DEUS! 

Porém, infelizmente, ontem, 09 de agosto de 2012, ele sofreu um infarto fulminante em sua casa, e como já disse, veio a falecer...  Ele faleceu e me fez descobrir ainda uma outra coisa que eu não sabia, eu descobri que eu o AMAVA, que eu o amava como uma filha ama a um pai que a ensina o que é certo e errado, eu descobri que eu o amava por causa da imensa GRATIDÃO que eu sentia (e vou sentir eternamente) por ele, por tudo que ele havia me ajudado a enxergar, lá de cima de um púlpito, com tanta autoridade, conhecimento, inteligência e unção.

Eu descobri que eu o amava porque ele MARCOU a minha vida de uma forma muito forte, ao ponto de me fazer chorar com a sua morte, da mesma maneira que eu choraria pela morte de alguém da minha família. Ser acordada com um telefonema às 3 horas da manhã trazendo a notícia de que pastor João havia morrido DOEU como um faca cortando o peito, chocou, sangrou, sufucou, angustiou, foi muito, muito difícil de acreditar.

Aí eu fui para a igreja e percebi que não estava sozinha, que eu era apenas uma das milhares de ovelhas que estavam se sentindo, mesmo que momentaneamente, "perdidas" naquele momento, um pouco ORFÃS na fé, sem entender muito bem que sentimento "novo" era aquele. Eu ouvi do meu namorado, em lágrimas, a seguinte frase (que me marcou bastante): "Eu nunca pensei que fosse chorar tanto pela morte de uma pessoa que eu acho que não sabe nem o meu nome."

O fato é que pastor João tinha muitas, muitas, muitas ovelhas, sem dúvida, são milhares de pessoas que já tiveram suas vidas, em algum momento, abençoadas através de suas ministrações sempre tão edificantes. Por isso, digo também que Pastor João morreu e ainda me ensinou uma última coisa: me ensinou que a gente pode sim amar muito alguém, mesmo "de longe", e que a verdadeira Gratidão, Admiração e Carinho fazem com que alguém que marcou muito a sua vida e contribui muito para que você se tornasse o que é hoje, se torne, resumidamente, inesquecível, mesmo que não esteja mais aqui. Mesmo que nunca mais esteja aqui!

E é exatamente isso o que ele se tornou para mim hoje, simplesmente, INESQUECÍVEL!


Pastor João Filho. Que o Senhor todo poderoso o receba nos céus de braços abertos e lhe dê a tão merecida coroa da vida! 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Postagem publicada originalmente no dia 16 de abril de 2012:

Essa vida de chegadas e partidas, encontros e reencontros... Coração SEMPRE dividido!

É como se em cada pedacinho da gente, existisse um tesouro precioso abandonado, necessitando ser descoberto, procuramos o mapa, o caminho, a estrada mais curta, e nunca encontramos.

Esse tesouro está lá justamente para isso, para ser contemplado de longe, por um curto período de tempo, por determinada estação, até chegar o momento de começar a próxima. 

As estacões mudam, ficam os sentimentos! 
O inverno chega, ficam as lembranças do verão!
O dia da próxima partida se aproxima, ficam as expectativas do que será do que ficar...

Que seja!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Riscos?

Postagem publicada originalmente no dia 4 de abril de 2012:






Quando inúmeras possibilidades se abrem diante dos olhos, somos contemplados pela beleza da constante renovação que é inerente ao sentido da vida.


O bonito é poder escolher, o bonito é não saber, o bonito é arriscar, mesmo cheia de dúvidas...

O bonito é ter coragem, subir na mais alta montanha, e se jogar lá de cima, fechar os olhos, e sorrir, confiando que lá embaixo te esperam as mais calmas águas, límpidas, e sem pedras ao redor.

E o mais bonito de todo o risco, é quando você percebe que, na verdade, estava segura, que nunca correu risco algum, que não existia pedra alguma, nem ao redor, nem mais distante...

Mas até lá, muito melhor a dúvida e a ousadia do risco do que a certeza de uma vida morna.

domingo, 7 de outubro de 2012

Entre trovões

Postagem publicada originalmente no dia 30 de janeiro de 2012:

Entre trovões, tempestades, reconciliações, revelacões, descobertas surpreendentemente assustadoras, misturadas ao silêncio e às calmarias, entre dúvidas e perguntas antigas provocando respostas atrasadas, minha alma chove e faz sol, grita e emudece.

Uma situação preocupante de certa forma, porém, aliviante, de outra!
Tem coisas que são simplesmente inexplicáveis! 
Por serem assim, eu já desisti de entendê-las! 
Nem quero mais.

sábado, 6 de outubro de 2012

Postagem publicada originalmente no dia 17 de janeiro de 2012:



Mentiras, assim como a neve, inicialmente se mostram alvas e dignas de contemplação, mas basta o tempo passar para se desfazerem em meio a um invólucro de lama e água suja.

Mentiras, causa de mágoas incuráveis e dores que dificilmente cessam. 

Elas tem o poder de destruir amizades, por maiores e mais antigas que sejam, e extinguir amores, por mais intensos e verdadeiros que possam parecer.

Nada pode ser mais mesquinho e inutilmente covarde que a mentira. Mentir sentimentos, mentir sorrindo, mentir chorando, mentir jurando, mentir promessas, mentir certezas, mentir dúvidas, mentir sonhos, mentir planos, e mentir envolvendo o nome de Deus então, é uma perfeita demonstração da capacidade humana de ser pútrido por dentro, e de descer ao nível mais submerso que pode existir.

No entanto, as mentiras são facilmente reveladas, pode até demorar, mas elas não necessitam de muito para se fazerem notar, pois, antes de tudo, são uma espécie de armadilha ironicamente criada por nós para nós mesmos, o que leva a própria contradição e desmistificação do que foi dito.


"Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito" - Abraham Lincoln

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mais uma tentativa...

Postagem publicada originalmente no dia 9 de janeiro de 2012:





Como é bobo, inútil e egoísta acreditar que o nosso ideal de perfeição será alcançado, que só seremos felizes e estaremos completamente satisfeitos, quando alguém que nem sabemos se realmente existe preencherá todos os nossos pré-requisitos básicos, todas as nossas condições, todas as nossas expectativas, e ainda as expectativas dos outros... 

Seria isso amar? 

Seria isso, realmente, se doar sem querer nada em troca, sem pensar em condições nem em consequências, mas simplesmente no bem que faremos ao outro e na felicidade e satisfação que isso resultará a ambos? 

Creio que não... Acho que agir assim é, basicamente, querer atender expectativas mesquinhas, egoístas, e nem sempre próprias, mas muitas vezes, de terceiros. É querer pensar que o amor precisa de grandes especificações e razões que podem ser explicadas para existir, quando, na verdade, esse sentimento, quando puro e essencialmente verdadeiro, não precisa de condições, muito menos de razões, não se baseia em interesses nem pré-requisitos, ele não faz contas nem obedece a critérios pré-estabelecidos... O amor não é uma equação matemática,  não se baseia na razão nem muito menos completa uma lista de "características primordiais", ao contrário, para existir, ele necessita apenas dele mesmo, do próprio amor...

Ele simplesmente nasce da Atração mútua, é fecundado pela Paixão, cresce baseado no Carinho, se desenvolve através do Afeto e da Amizade, se consolida pela Convivência, se fortalece com a Cumplicidade e perdura pela eternidade quando é cultivado com Consideração, com Respeito, Verdade e Transparência, uma vez que é semeado por pessoas com um objetivo em comum, e esse objetivo tem que ser unicamente a FELIDIDADE do OUTRO, e não a sua, na verdade, esta última será uma consequência de tudo, pois quem realmente ama só é feliz quando o outro está feliz.

Para amar de verdade, é necessário OLHAR PARA O OUTRO (e não para nós mesmos), ENXERGAR a outra pessoa, aceitando-a exatamente como ela é, com seus defeitos e qualidades, fraquezas e virtudes, aliás quando amamos alguém de verdade, amamos essa pessoa exatamente PELO QUE ELA É, e não  pelo que nós gostaríamos que ela fosse um dia, não pelo que idealizamos em relação a ela ou sobre ela.

Porém, por mais que eu tente explicar, definir ou sintetizar em palavras, por mais que elas expressem da forma mais simples (ou não) possível a verdadeira essência desse sentimento, estarei protagonizando apenas Mais Uma Tentativa de fazer o mesmo, em meio a milhares de outras, desde que o mundo é mundo.

Ainda assim, uma coisa é fato, de uma maneira bem simples é possível identificar onde NÃO existe amor: um sentimento ou relação baseado(a) apenas no sucesso do atendimento dos nossos próprios interesses, desejos, anseios e expectativas, pode ser chamado de tudo, menos de amor...


"Mas o amor não é uma saída. O amor é um mergulho.


(Francisco Carvalho)