sábado, 18 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tripulação, portas em automático!

Depois de uma temporada (merecida) de 3 meses em Manaus - minha terrinha natal -, amanhã estou voltando, vamos lá encarar mais 10 horas de viagem em direção ao outro lado do país, mais uma "volta", no meio de tantas. Ou seria "ida"? Depende do ponto de vista. 

Só sei que João Pessoa me espera, tenho pessoas queridas, amadas e muito especiais para reencontrar, e dentre estas pessoas, aquela que figura como a número 1 da listinha, ainda nem sabe que existe alguém, tão longe, que está tão ansiosa para revê-la, não sabe porque acabou de completar apenas 6 meses de vida. É a minha sobrinha, Gabriela.

Pois é, também tenho algumas coisas para concluir, outras para começar, e bastante saudade para matar. E essa terceira "missão", diga-se de passagem, é algo que eu já virei expert em fazer, afinal, saudade é um sentimento que eu nunca deixei de sentir, conhecer e descobrir, desde que me lembro de existir. Fazer o quê? 

Mas, mudando se assunto... é sempre bom sair de cena às vezes, né?
Parece que o fato de você sair do palco e sentar na plateia, de costas para ele, faz com que você não tenha outra alternativa a não ser olhar para dentro de si mesma. E quão bem não nos faz "esse olhar". Dá para enxergar o que está fora do lugar, o que está prestes a nascer, e também, o que já morreu.
Dá realmente para fazer uma faxina legal! Para finalmente, aí sim, depois de muito trabalho, poder subir ao palco novamente confiante de que arrancará aplausos. 

Sei que muitas coisas ainda estão (totalmente) fora do lugar, ainda precisam ser restauradas, reformadas ou até mesmo, reconstruídas. Mas isso também já é algo que, SE acontecer, eu acho que só será no próximo espetáculo. Se tiver próximo espetáculo...

Poxa! Que mania mais chata a minha de falar através de metáforas, acho que isso pode soar como algo insuportável para quem não faz a mínima idéia do que eu estou falando. Será? De repente, essa possibilidade me veio à cabeça, eu eu fui escrevendo...mas também o que importa, vejam só, é que, na verdade, isso não importa! 

O importante não é que ninguém entenda, é simplesmente curtir a ideia de que apenas eu e Deus sabemos realmente do que se trata, essencialmente. É apenas ele, (e mais ninguém) quem sabe todos os enredos que ainda estão por vim por aí, e é só ele também quem sabe o que está fora do lugar nessa história. Entretanto, no momento, eu, como ser humano estúpido que sou, não tenho deixado ele ser o diretor da peça!

Próximo capítulo, por favor!



CENA 1: Tripulação, portas em automático!



segunda-feira, 13 de junho de 2011





"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."




Fernando Pessoa _ (123º Aniversário)



quinta-feira, 9 de junho de 2011

“A gente vai embora enquanto os outros – o que não é de estranhar – continuam onde estavam, fazendo o que sempre fizeram; e, quando voltamos, ficamos surpresos e por alguns momentos emocionados de ver que eles continuam lá, e também tranquilizados pela idéia de que existe alguém passando a vida inteira no mesmo lugarzinho, sem nenhuma vontade de sair dali.”

Trecho de "Fantasma Sai de Cena", 
Philip Roth.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palocci diz que sai do governo para preservar diálogo

Em pronunciamento na cerimônia de posse da nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Antonio Palocci justificou ter deixado o cargo no governo para "preservar o diálogo".
"Minhas atividades foram sendo comprometidas pelo ambiente politico. Se vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para preservá-lo", disse Palocci.
O discurso na transmissão do cargo foi acompanhado por ministros e parlamentares, além da presidente Dilma Rousseff.
Após 23 dias de crise, Palocci entregou ontem à Dilma carta pedindo o seu afastamento. A crise que levou à saída do principal ministro do governo Dilma teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010.
O agora ex-ministro, que pela segunda vez deixa o governo após um escândalo --em 2006 deixou o Ministério da Fazendo após suspeitas de ter quebrado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa--, negou abatimento pela saída. "Não quero fazer desse ato um momento triste, a vida é uma luta permanente e não costumo me abater pelas pedras no caminho."
Palocci afirmou que o aumento de seu patrimônio foi conquistado a partir de ações legais. "A manifestação da Procuradoria confirmou o que vinha dizendo que trabalhei dentro da mais legalidade respeitando padrões éticos. Ocorre que o mundo jurídico não trabalha no mesmo ritmo do mundo político. Ficar no governo não permitiria desempenhar normalmente minhas funções."
O ex-ministro foi bastante aplaudido no início do discurso. Fez elogios à presidente e desejou boa sorte para sua sucessora.
A Projeto, empresa aberta por Palocci em 2006 --quando afirmou ter patrimônio de R$ 356 mil-- comprou, em 2009 e 2010, imóveis em região nobre de São Paulo no valor total de R$ 7,5 milhões. A Folha também mostrou que o faturamento da empresa foi de R$ 20 milhões em 2010, quando ele era deputado federal e atuou como principal coordenador da campanha de Dilma à Presidência da República.
Em entrevista exclusiva à Folha, Palocci afirmou que não revelou sua lista de clientes a Dilma, atribuiu as acusações a ele a uma "luta política" e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto.
Em nenhum momento o agora ex-ministro revelou a lista de clientes de sua consultoria e alegou "cláusula de confidencialidade" para não divulgar para quem ele trabalhou enquanto exerceu simultaneamente as funções de deputado e consultor.


terça-feira, 7 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dos riscos

Como saber até que ponto podemos ser, simplesmente, nós mesmos em uma relação? Podemos ser, verdadeiramente, tudo aquilo que somos, sem máscaras, sem receios, sem limites, sem medos. 
Como saber se a nossa "entrega total" também está indo de encontro à "entrega total" do outro?
Como ter certeza se não estamos indo, na verdade, em direção a um "desencontro de entregas"?
Algo que acontece de forma simultânea, quando apenas umas das partes, está, de fato, inteira ali. É difícil visualizar isso em um primeiro momento, pois estamos tão mergulhados em toda a magia do início que, muitas vezes, confundimos os nossos próprios sentimentos com os sentimentos do outro. E toda essa mistura corre o risco de desencadear em uma ilusão. Ou não! Mas este é um risco que temos que correr, é a prova de fogo pela qual temos que passar, se realmente quisermos escrever uma história com alguém. Esse risco pode ser alto, ou baixo, vai depender muito do desfecho final, mas independentemente do seu tamanho, ele sempre vai existir. Ele pode ser breve, e desaparecer, quando percebemos que tudo está em harmonia, se completando, ou ele pode crescer e se transformar em um monstro, um monstro feroz, difícil de ser domado. De qualquer forma, o caminho mais seguro para conhecermos a sua natureza, infelizmente, (ou não), é o TEMPO. Só o tempo, a longo prazo, é que pode nos responder se estamos vivendo algo simultâneamente verdadeiro, importante e intenso, ou, se toda essa verdade, importância e intensidade só existe em um dos lados, ou existem diferenças significativas apenas, o que, no final das contas, acaba se tornando tão ruim ou pior caso não existisse quantidade nenhuma, pois aí mataríamos o monstro ainda pequeno, antes que ele crescesse e se transformasse num gigante.
Nuances da difícil tarefa de se construir uma relação, da difícil tarefa de saber os limites de cada passo dado a mais. E é difícil porque é impossível mensurar sentimentos e obter controle total sobre eles, por mais racional que você possa ser. Porém, ao mesmo tempo em que é difícil, é mágico, pois é o próprio amor quem nos guia em direção a ele mesmo.
Amar... uma palavra que contém apenas quatro letras, mas que define o sentimento mais importante de todos, o mais nobre dos nobres, carregado de uma complexidade infinita, cuja essência é maior do que o espaço oferecido pelo nosso próprio entendimento.