sexta-feira, 15 de julho de 2011

    "Cai amplo o frio e eu durmo na tardança
    De adormecer.
    Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
    Nem desejo de os ter.
    E um choro por meu ser me inunda
    A imaginação.
    Saudade vaga, anônima, profunda,
    Náusea da indecisão.
    Frio do Inverno duro, não te tira
    Agasalho ou amor.
    Dentro em meus ossos teu tremor delira.
    Cessa, seja eu quem for!"
    Fernando Pessoa

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