terça-feira, 22 de março de 2011

Poema Transitório


(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar...
Ah, como esta vida é urgente!
... no entanto 
eu gostava mesmo era de partir
e - até hoje - 
quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho
viajar, viajar
mas para parte nenhuma
viajar indefinidamente
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.


Mário Quintana






Há quase um ano atrás eu estava indo lá para viver o maior pesadelo da minha vida, fui toda encolhida, olhando para o chão, gritando por socorro, e não me decepcionei porque, ele veio (e como veio), à galope, "lá de cima", da forma mais magnânima e linda que já pude ver. Agora, estou voltando novamente, mas dessa vez, bem "acordada", apesar dos pesares... Vou matar aquela que está (sempre) me matando, aquela que por mais que seja minha amiga íntima há muitos anos, ainda não conseguiu fazer com que eu me acostume com a sua presença, essa tal de saudade é mesmo muito inconveniente, viu? Pior é quando ela resolve aparecer, de repente, onde não tem solução, dentro da impotência de nós mesmos em relação ao que já foi, ou a quem já foi, essa é a pior espécie de saudade.

-

Nenhum comentário:

Postar um comentário