quinta-feira, 5 de maio de 2011

Preso de Guantánamo diz que vingança à morte de Bin Laden pode ser uma bomba nuclear


Explosivo nuclear caseiro está ao alcance de jihadistas, segundo detentos de Guantánamo

Sharif al Masri, um jihadista egípcio detido no Paquistão em 2004, confessou à Central de Inteligência Americana (CIA) e ao FBI que a morte do terrorista Osama bin Laden seria vingada com a explosão de uma bomba nuclear. “Se Osama Bin Laden for capturado ou assassinado, a bomba (nuclear) será detonada nos Estados Unidos”, declarou Masri.
A declaração aparece na ficha elaborada pelo Departamento de Defesa americano sobre Abu Faraj al Libi em 2008, à qual teve acesso o jornal espanhol El País, que divulgou as informações. Al Libi, um dos presos mais valiosos de Guantánamo, é um líbio vinculado a experimentos de guerra nuclear, química e bacteriologia em campos de treinamento no Afeganistão realizados pela Al Qaeda.
A ficha de al Libi diz que ele é fascinado desde jovem pela jihad e era um colaborador próximo de Osama Bin Laden e de seu escudeiro Ayman al Zawahari. Segundo a confissão de Masri, al Libi seria o jihadista autorizado a dar a ordem da explosão. Al Libi entrou na Al Qaeda e foi nomeado chefe de operações da organização depois da detenção em 2002 do paquistanês Jalid Seij Mohamed, cérebro do atentado de 11 de setembro que também está preso em Guantánamo e que supostamente deu pistas sobre o mensageiro que vivia com Bin Laden no Paquistão. Um outro preso revelou que al Libi teria 50 suicidas preparados para suas operações.
Sharif al Masri também confessou que a Al Qaeda possui uma bomba nuclear na Europa, mas tem dificuldades para deslocá-la. Quem sabe onde está a bomba é al Libi, segundo o detido egípcio.
De acordo com o documento, depois dos ataques de 11 de setembro, Bin Laden encarregou ao seu chefe de operações e outros membros do conselho da organização o planejamento da “nova jihad”. A mudança da nova luta dos terroristas se deve à detonação da “bomba suja”, um explosivo nuclear caseiro que poderia matar milhares de pessoas e desencadear reações químicas e bacteriológicas como as ensaiadas em campos de treinamento afegãos. Os interrogatórios a presos da Al Qaeda em Guantánamo repetem a informação de que a “bomba suja” está ao alcance dos jihadistas, segundo informações do El País.

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